A Comunidade de irmãs Doroteias, residentes na Salga, na ilha de São Miguel, da Diocese de Angra, organizou um grupo de seis voluntários para participar no projecto social e de desenvolvimento local em Angola, chamado por MELIKA, na província de Huíla, município de Matala, nas aldeias de Freixiel, Mumbe, Kamphandji e Mucope.
O grupo de voluntários é especializado em serviço social, educação, mecânica, saúde e na parte pastoral/espiritual. Conta com três leigas: uma professora de São Miguel, Gina Carvalho, uma contabilista da ilha Terceira, Edite Ormonde e uma assistente social também de São Miguel, Cristina Rodrigues; dois sacerdotes e a irmã Judite Moinheiro, que ajudou na fundação do projecto em 1999.
De saída para o projecto, os voluntários levam na bagagem a intenção de construir três fornos para ensinar as crianças a fazer pão, visto que é o “alimento essencial”, quer na vida, quer na fé.
“O pão é o símbolo do alimento essencial e nós quisemos ensinar como fazemos o nosso pão, que é mais mole que o deles e dentro dos nossos conhecimentos ajudá-los a preservar os fornos e, no final da missa, repartir por todas as crianças da escola”, disse um dos sacerdotes. Até agora, já foram construídos dois fornos e está em andamento a construção do terceiro.
O projecto MELIKA integra oito escolas, onde se ensina a ler, a contar e a despertar o interesse pela fé. O custo total do projecto, que está a decorrer durante este verão, foi de 12.450,00€ (doze mil e quatrocentos e cinquenta euros), incluindo deslocações, ingredientes, utensílios e fornos.
“O desafio foi lançado pela Irmã Judite e através das redes sociais fomo-nos preparando para esta missão, angariando bens e donativos para levarmos a estas pessoas”, acrescentou o sacerdote.
Os missionários açorianos regressam aos Açores no dia 31 de agosto. Já têm em mente um novo desafio: arranjar dinheiro para um projecto que passe pela construção de escolas em cimento e com água potável.
Texto/ Província Portuguesa/ Vitec
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