Miguel Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), afirmou, em relação ao furacão Lorenzo, que não há registo de fenómeno climatérico semelhante no Atlântico Norte e que “há algo de totalmente incomum neste tipo de clima”. “A maioria das infraestruturas dos Açores não estão preparadas para estas condições”, acrescentou.
O IPMA recomenda o acompanhamento da evolução da situação através da sua página (www.ipma.pt) e que a população siga as medidas de autoproteção recomendadas pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, como o corte de árvores próximas e em risco de queda, a limpeza dos sistemas de drenagem, manter seguros objetos soltos que possam ser projetados pelo vento, abrigar os animais, estar preparado para abandonar a sua residência em caso de infiltrações, barulho estranhos ou fendas nas paredes. Em caso de emergências ou dificuldades em seguir as medidas recomendadas, deve-se contactar as autoridades competentes.
O presidente do Governo Regional determinou o encerramento dos organismos públicos, nomeadamente as escolas, creches, ATL's, Centros de Convívio, Bibliotecas, Museus e Complexos Desportivos dos Grupos Ocidental e Central do arquipélago, na quarta-feira, 2 de outubro. Este encerramento, segundo o despacho assinado por Vasco Cordeiro, não abrange os serviços considerados urgentes e essenciais, nomeadamente hospitais, centros de saúde e serviços de proteção civil, assim como os demais considerados pelos respetivos diretores regionais da tutela. Outras empresas e estabelecimentos da Região, algumas privadas, estão a comunicar o seu encerramento entre o final do dia de hoje, momento em que se vai começar a sentir os primeiros efeitos do furacão e o início de tarde de quarta-feira, dia 2 de outubro.
No que toca às ligações até às ilhas, a Autoridade Marítima já encerrou à navegação os portos das ilhas do Corvo, Flores, Faial, Pico e São Jorge, bem como todos os núcleos e portinhos de pescas destas ilhas.Cerca de 900 passageiros de voos do grupo SATA deverão ser afetados, segundo uma estimativa do gabinete de emergência da operadora aérea divulgada à agência Lusa. A SATA reuniu na segunda-feira para tomar medidas que visam minimizar os eventuais impactos que a passagem do furacão “Lorenzo” pelos Açores venha a provocar nos voos programados.
Fonte/ GaCS