A decisão da extinção da Saudaçor decorre, segundo a Secretária Regional da Saúde, de "uma nova estratégia” com “grandes desafios decorrentes das mudanças sociais e tecnológicas”, que obrigam a responder de “forma rigorosa e exigente, tendo a coragem de reorganizar o sistema de saúde, numa perspetiva articulada e integradora”.
Nesse sentido, Teresa Machado Luciano referiu que o modelo escolhido pelo Governo para concretizar a extinção da Saudaçor assenta na internalização de serviços e de recursos humanos, pelo que todo o trabalho efectuado diariamente na Saudaçor passará para a Direção Regional da Saúde (DRS) , “incluindo a Central de Compras, que permitiu, entre 2010 e 2019, poupar cerca de nove milhões de euros”.
A Secretária Regional assegurou que, “pretendendo salvaguardar as competências adquiridas e o conhecimento constituído ao longo de mais de uma década, o Governo garante os postos de trabalho”, podendo todos os trabalhadores, caso desejem, transitar para a DRS. “O processo será oportunamente explicado aos trabalhadores envolvidos por via de agendamentos e audições”, garantiu.
Os trabalhadores detentores de contrato de trabalho por tempo indeterminado poderão já transitar para a DRS, ao abrigo do regime de cedência de interesse público, e, posteriormente, ingressar nos quadros do Serviço Regional de Saúde, através de procedimentos concursais. Os concursos deverão ser lançados no prazo máximo de 30 dias a contar da entrada em vigor do decreto legislativo regional que extingue a Saudaçor.
A extinção da Saudaçor insere-se no processo de reestruturação do Setor Público Empresarial Regional, iniciado em 2018.
Fonte/ GaCS