Segundo o balanço mais recente da campanha SOS Cagarro, foram salvos este ano 8.717 cagarros juvenis nos Açores, um número recorde no que diz respeito ao registo de quedas destas aves nas diferentes ilhas do Arquipélago.
O Diretor Regional dos Assuntos do Mar afirmou que "o elevado número de quedas de juvenis” registado poderá estar relacionado com diversos fatores, como, por exemplo, “o período de saída dos ninhos ter coincidido com a lua nova, o que agrava o efeito da poluição luminosa, somando-se ainda o efeito negativo das condições climatéricas adversas”. Outro possível fator pode ser “a mudança da qualidade e da intensidade das lâmpadas de iluminação pública em determinados locais”. “A questão da iluminação artificial é um assunto que tem vindo a ser discutido com diversas entidades, tornando-se, gradualmente, um dos assuntos mais importantes da campanha SOS Cagarro”, afirmou Filipe Porteiro.
“As luzes branca e azul têm impacto negativo nos organismos, incluindo nos seres humanos, e o seu uso na iluminação pública noturna deverá ser regulamentado”, salientou, defendendo “o uso de temporizadores ou de sensores de movimento que permitam não só uma poupança energética, mas também uma redução da quantidade de luz noturna nas cidades”.
Entre os cagarros salvos durante a campanha deste ano, 152 encontravam-se feridos, tendo ainda sido recolhidos 333 cagarros mortos, que foram conservados com o objetivo de serem utlizados em estudos científicos.
O Diretor Regional referiu ainda que foram realizadas 561 brigadas de salvamento de cagarros, envolvendo 148 parceiros e mais de 3.000 pessoas, entre voluntários e público-alvo de várias ações de sensibilização.
Fonte/ GaCS