A Escola de Verão é uma iniciativa conjunta do Okeanos – Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores, do LSTS – Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática da FEUP, do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Programa MIT Portugal (MPP), tendo como parceiros o AIR Center, o CoLab +ATLANTIC, a Fundação Gaspar Frutuoso e a Escola do Mar dos Açores (EMA).
Este ano teve o apoio do Governo Regional dos Açores.
Durante as últimas duas semanas, vinte alunos de seis nacionalidades diferentes puderam partilhar e receber conhecimentos não só na área de robó tica marinha como também em ecologia marinha e oceanografia, mais especificamente em aplicaç õ es para observaç ã o oceâ nica, arqueologia e mapeamento de ecossistemas.
O curso está organizado numa componente teórico-prática, o que permitiu aos alunos aplicar em contexto real tudo o que lhes foi transmitido. Os workshops apresentaram os fundamentos das ciências marinhas e o uso da robótica não só na pesquisa como na monitorização do oceano. As demonstrações e os trabalhos de campo serviram para mostrar a mais recente tecnologia no que toca a sistemas autónomos, sensores e operações remotas, tendo permitido aos alunos recolher dados como temperatura, salinidade e pressão.
Gui Menezes, professor e diretor do Okeanos afirma que “estamos no espaço ideal e temos excelentes condições não só para acolher este tipo de cursos como para receber pessoas de vários cantos do mundo para, no fundo, podermos avançar com o conhecimento, a ciência e a engenharia marinha”.
A proximidade com o mar permitiu aos alunos um contacto direto com os fenómenos oceanográficos dos Açores, facilitando-lhes as tarefas de análise e recolha de dados.
Douglas Hart, professor de engenharia mecânica do MIT e co-diretor do programa MIT Portugal, destaca ainda que “esta foi uma experiência fantástica, principalmente pelo facto de ver alunos de tantas nacionalidades e realidades diferentes trabalhar em conjunto para resolver um problema, foi verdadeiramente inspirador”.
Charline Troung, estudante do MIT, conta que “o melhor desta escola de verão foi o facto de estarmos tão próximos do nosso ambiente de trabalho, isso permitiu-nos criar uma conexão especial com o mar”, acrescentando ainda que “ver a forma apaixonada como pessoas de áreas tão diferentes trabalham em prol de um oceano melhor é fascinante”.
A edição deste ano teve lugar na ilha do Faial e contou com a presença de vários professores e profissionais de renome mundial dos EUA (MIT) e da Europa e pondera-se a possibilidade de voltar a acolher esta Escola de Verão nas próximas edições.
Jornal Açores 9