O seu coração bate entre Portugal e Espanha. Em nome dos toiros e da festa brava. João Pedro Silva, natural de Angra do Heroísmo, mais conhecido por Açoriano, é um dos poucos bandarilheiros açorianos profissionais com participação activa nas praças lus...
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O seu coração bate entre Portugal e Espanha. Em nome dos toiros e da festa brava. João Pedro Silva, natural de Angra do Heroísmo, mais conhecido por "Açoriano", é um dos poucos bandarilheiros açorianos profissionais com participação activa nas praças lusas e de “nuestros hermanos”. Em 2016 recebeu o troféu para o Melhor Bandarilheiro e Peão de Brega instituído pela Tertúlia Tauromáquica Festa Brava, de Azambuja.
Ser toureiro é uma graça ou uma maldição?
Poder com um simples capote ou umas bandarilhas frente a um toiro bravo e imponente, conseguir criar algo belo e artístico que emocione e inspire as pessoas, é uma graça divina.
Capote ou bandarilhas?
Para se ser um toureiro completo há que dominar todas as sortes e todos os tércios de uma lide.
Tourear bem de Capote é uma utopia que tento atingir pelo apaixonante e difícil que é. Bandarilhar bem é um evoluir diário de um dom natural que tive desde cedo e que quero chegar o mais perto possível da perfeição.
Pasodoble preferido?
“La Virgen Macarena”, tocado à trompete pelo meu avô Luís Cadete.
E um fado?
Melodia em Fado Menor... (agora a Letra depende do estado de espírito na altura)
Cracas à mesa ou castanhas à lareira?
Desde que esteja na Terceira posso ter as duas coisas. O mar por companhia nas cracas e o lume nas castanhas. Com lapas era fácil de escolher.
Petisco imperdível num "quinto toiro"?
A companhia de bons aficionados para falar de toiros até embriagar.
Um filme emocionante?
O filme da nossa vida.
Montar a cavalo será mais apaixonante ao anoitecer?
No dorso de um cavalo, acima do chão que nos queima os pés de tanto caminhar nas dificuldades do dia-a-dia e ao longe o sol a esconder-se como se nos deixasse a sós, é o escape ideal para a mente e para a alma e esquecer os problemas da vida.
Duas vistas panorâmicas de tirar o fôlego?
Olhar olhos nos olhos um toiro bravo no campo. E a nossa Serra do Cume.
Visitar a ilha Terceira passa por um passeio demorado no Mato?
Onde está o toiro estarei eu... Por isso o mato será sempre o meu local de peregrinação sagrado.
Viver de olhos postos no mar ou perder-se no verde da montanha?
O mar, porque como nós tem vários estados de ânimo.
Quais as palavras primordiais do teu vocabulário?
Verdade, Respeito, Valor, Arte, Toiro.
O que não pode faltar num regresso a casa?
Uma consciência tranquila de ter feito tudo o que podia por mim e pelos meus.
E na cesta de compras do supermercado?
O que agrade aos meus amigos para poder com eles passar um agradável serão e tirar um bom petisco.
Foto/ Pedro Batalha
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